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Governança Corporativa para Startups

A Governança Corporativa para Startups tem algumas peculiaridades que merecem destaque.

Isso porque as Startups possuem práticas de governança corporativa que diferem um pouco das adotadas por empresas tradicionais.

Isso ocorre devido à sua natureza de estágio inicial, caracterizada por um rápido crescimento e um ambiente altamente dinâmico.

Nesse contexto, a governança necessita ser ágil e adaptável, e os processos de tomada de decisão devem ser mais flexíveis para acompanhar as mudanças do mercado.

A governança da Startup deve contar com uma estrutura capaz de alinhamentos e ajustes rápidos, diante da necessidade de crescimento acelerado da organização. Agora, vamos explorar as algumas práticas de governança para Startups.

Como deve ser a Governança Corporativa das Startups?

Em regra, as Startups almejam um crescimento sustentável e bem estruturado, daí a importância da compreensão e da aplicação dos princípios de governança corporativa.

A adoção desses princípios aumenta as chances de desenvolvimento de um negócio sólido, priorizando a longevidade e reduzindo os riscos.

Embora as Startups tenham uma estrutura de governança mais flexível, é importante seguir as leis e regulamentos aplicáveis, bem como manter altos padrões éticos para construir confiança com os investidores e stakeholders desde o início das operações. Para isso, é necessário a adoção de práticas consolidadas para alcançar o sucesso.

Constituir um conselho de administração qualificado e diverso é considerada uma das boas práticas de governança corporativa para Startups.

É fortemente recomendado que conselho seja composto por indivíduos com experiência relevante no setor, habilidades complementares e amplo conhecimento do mercado.

Esses profissionais devem ser cuidadosamente selecionados e ser capazes de fornecer orientações estratégicas, supervisionar as operações da empresa e tomar decisões importantes em nome dos acionistas. É preciso que haja uma combinação entre os fundadores, especialistas e investidores para que diferentes perspectivas sejam abordadas.

A transparência é fundamental para a governança corporativa das Startups. Os fundadores devem fornecer informações claras e precisas sobre o progresso, desafios e resultados da empresa, incluindo a divulgação regular de informações financeiras e operacionais para os investidores e outras partes interessadas.

É necessário estabelecer valores e princípios éticos e de transparência nos quais a organização se baseará, especialmente no que diz respeito ao relacionamento e tratamento dos colaboradores.

A transparência deve estar presente em todas as operações, não apenas nas relacionadas ao negócio em si, como investimentos e informações financeiras, mas também em outros aspectos, como a contratação de colaboradores.

Assim, é altamente recomendado adotar processos seletivos transparentes e meritocráticos que promovam a diversidade e ofereçam oportunidades para todos.

Construir credibilidade desde o início facilitará a captação de investimentos, a contratação de talentos e a formação de uma imagem e reputação favoráveis.

Outro ponto relevante é a comunicação com sócios, colaboradores e stakeholders. O alinhamento de todas as partes é a chave para alcançar os objetivos da Startup.

Portanto, é extremamente relevante definir regras de quórum para a tomada de decisões estratégicas, incluindo a especificação de quais decisões podem ser tomadas por maioria simples ou maioria absoluta.

Além disso, é essencial estabelecer regras claras sobre a saída de sócios, especialmente no que diz respeito às regras de “vesting” e ao funcionamento da participação do sócio ou colaborador, estabelecendo um período mínimo de permanência para garantir a continuidade da Startup.

Também é necessário definir com clareza o tipo de informações que devem ser compartilhadas com os stakeholders, a periodicidade e quem será responsável pela comunicação.

As Startups devem adotar práticas adequadas de gestão de riscos, identificando e gerenciando os riscos inerentes à atividade desenvolvida.

É de suma importância identificar e gerenciar os riscos específicos das Startups, como a falta de capital, a dependência de um único produto ou cliente e a rápida evolução do mercado.

A governança corporativa envolve mitigação de riscos e implementação de políticas de controle visando sempre a sustentabilidade e o desenvolvimento rápido da Startup.

Um ponto de atenção quanto aos riscos é tomar medidas iniciais de proteção da propriedade intelectual e outros ativos intangíveis, antes mesmo do início das operações.

É fundamental que a Startup esteja atenta à conformidade e adote medidas para garantir que esteja operando de acordo com as leis e regulamentos aplicáveis ao seu segmento de atuação.

Desde o início das operações, é recomendável instituir um Programa de Compliance, com a implementação de políticas e controles internos, um código de conduta e um canal de denúncias, a fim de proteger os dados e estar em conformidade, especialmente em questões sensíveis, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), regras trabalhistas e tributárias.

Quando uma Startup adota essas práticas, aumenta suas chances de se tornar uma empresa próspera e duradoura, minimizando os riscos e demonstrando para o mercado e stakeholders seu compromisso em crescer de forma sustentável e em conformidade com os parâmetros legais.

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Renata Pimentel

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